quarta-feira, 1 de abril de 2009

MAIÊUTICA

A contínua busca da verdade
O tão esperado encontro do homem, consigo mesmo,
O revelar de segredos que são nossos e tão ocultos de nós.

E ao nos olharmos, ao nos ouvirmos, ao nos buscarmos.
Percebemos que somos imagem e vulto, ou algumas vezes até sombra.

Somos muitos de outros e ainda assim estes outros também são muitos de nós.
Somos o desejo constante da inteireza, num convívio de auto-fragmento.

Então dividindo opiniões, organizando pensamentos,
Reestruturando afirmações, abandonando conceitos;
É que passamos a nos encontrar em outros e em nós.

Isolamo-nos e nos agrupamos,
Afirmamos depois nos interrogamos,
Nos perdemos para encontrarmo-nos,
E percebemos as lacunas do nosso ser.

E no afã de encontrar as respostas,
Concluímos que não temos perguntas
E sim que somos a maior das interrogações.

Dentro de nós, no recôndito do nosso ser
Iniciamos uma caçada ao tesouro,
Onde somos o mapa, o próprio tesouro,
A ilha tão segura em seus obstáculos mais reais,
E muitas vezes somos até mesmo os velhos piratas que nos quer saquear.

Somos o texto e a própria síntese,
O compositor, o cantor, o fã, a critica e depois o simples.